domingo, 11 de fevereiro de 2018

A observadora

Domingo, 11 de fevereiro de 2018 12:28.
               O bairro paulistano Santa Cecília têm algumas peculiaridades.
               Desde que moro aqui, tenho observado algumas.-
               É um bairro totalmente arborizado. Prédios altíssimos. Amplo comércio. Lugares ótimos para saborear a gastronomia de Sampa. Agências bancárias, cartório de notas. Lojas com todo tipo de serviços, lotéricas, padarias, igrejas, bancas de jornal, supermercados.... 
               Caminho por suas alamedas, calçadas em bom estado de conservação. As folhas caem levemente das árvores, sobre a minha cabeça, durante as minhas caminhadas. O calor é intenso. É quando volto para casa , ao entrar debaixo do chuveiro, que percebo as folhas nos meus cabelos, que caem com a água do banho. E eu digo a elas: minhas amiguinhas, não tinha nem percebido que vocês estavam aí! Outra coisa que me chama a atenção é o burburinho do movimento intenso, desde muito cedo. É assim todos os dias , o dia inteiro, com exceção de domingo. Ônibus, helicópteros, carros, buzinas em sintonia, ambulâncias sempre com sirenes ligadas, viaturas de polícia, também pedem passagem. Pessoas pra todos os lados. Estudantes para a escola, garis limpando as guias e calçadas, vendedores ambulantes com seus carrinhos abarrotados de frutas fresquinhas. Trabalhadores de todas as categorias fazem o mundo girar. Outra coisa: aqui têm muitos idosos que saem a caminhar com seus pets. Outros, sentam-se num dos bancos da praça, sem se preocuparem com os transeuntes. E aqui, o que mais entristece: número imenso de pessoas jovens e adultos, que dormem nas ruas durante o dia. Já me disseram que essas pessoas passam as noites perambulando, pois temem serem molestadas e até assassinadas enquanto dormem.
              Aos domingos, o silêncio impera! A feira livre é ótima. (É o único lugar barulhento nos domingos. Os feirantes gritam para chamar a freguesia).Tem de tudo. Muitos camelôs, com suas tranqueiras, ocupam as calçadas , atrapalhando às pessoas que vão e voltam da feira com seus carrinhos. A maioria das pessoas vão passear. Os idosos vão à Missa, na Matriz do bairro. As crianças vão para as piscinas e áreas de lazer dos edificios onde residem. É assim. Vida que segue. E eu só observando.
                                                                                  Dinorá
                                                                                  11.02.2018

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