UM DIA ANTES DA MUDANÇA

                     Com a graça de Deus, deu tudo certo. No dia 9 de março, o plástico bolha chegou, com o fitilho, a fita adesiva e o  papelão ondulado para proteger a máquina de lavar e a frost free. Fiz o pedido através do zap do Matheus Pereira, da Total Embalagens, de São Paulo. Entrei em contato novamente com o Sr. Rivanildo, da lavanderia. No dia seguinte, o Sr. Carlos, marceneiro, colocou o gabinete da pia. Aproveitei para descansar, pois a jornada desse dia terminara. No dia seguinte, a segunda parte da jornada: arrumar tudo no Dirce. Minha filha, o marido, e o meu filho trabalharam muito, para deixar tudo em ordem: capinaram o quintal e a calçada. 

                                                                             Dinorá

CASA DOS INSETOS

                     É domingo, 13 de março. Faz três dias da minha mudança para esta casa antiga, o meu novo lar. Muitas árvores frutíferas pelo grande terreno. Estava sem morador há 1 ano. Os insetos eram senhores absolutos dessa minha moradia. Eu invadi o espaço deles. À noite, comecei a observá-los. Circulavam pelo chão da casa, pelo teto, voavam pelos cômodos, pousavam sobre a pia da cozinha... Fiquei receosa, mas nem notavam a minha presença...Tomei uma atitude: tirava alguns com cuidado e jogava-os pela janela. São abelhas, aranhas, baratas, formigas, gafanhoto(só vi um, verdinho, verdinho), lagartixas, besouros, lagartas ou taturanas, tatus,-bolas, mosquitos, pernilongos, borboletas...será que vão aparecer escorpiões? Alguém veio aqui e me disse que foi picado por um borrachudo...Quatro dias depois, percebi que diminuiu a presença deles...ledo engano. Convivo com algumas espécies. As que me incomodam são as moscas durante o dia, os pernilongos e as abelhas, à noite. Os demais, que aparecem à noite, me assustam. No dia 26 de fevereiro, um entendido em capturar abelhas, veio às 21:30h para tirar as abelhas, que fizeram moradia na ponta, debaixo do telhado... resolvido o problema parcialmente. Estou retornando às minhas origens, a casa própria, onde meus pais viveram por um bom tempo. Não imaginava esse problemão com os insetos.

                                                                                                Dinorá 

NOVO LAR

                     Tudo quase pronto. O Rivanildo, da lavanderia Nova Bonsucesso, veio e levou para lavar, dois tapetes, 1 cobertor. Noutro dia, levou a cortina e mais um cobertor. Oito dias após, ele traz de volta, tudo no capricho, mas só que eu já vou estar morando no meu novo lar. Meu genro colocou o novo sifão na pia da cozinha. colocou as novas velas e torneirinha no filtro e verificou que o chuveiro não precisa ser trocado. O marceneiro prometeu para quarta-feira, dia 9 de março, o gabinete da pia da cozinha. E para completar o dia, o Fê foi com o Edgar, às 22:40h, lá no Dirce, quebrar uma pedra no meio do caminho, depois do portão de entrada, para a abertura completa desse portão, o que facilitaria a entrada dos móveis, no dia da mudança. E assim, vamos organizando a minha nova moradia.

               Dinorá

PARQUE BEM VIVER

                Em 2019, depois de morar por oito meses em Goiânia, voltei para Guarulhos e fui morar no condomínio. A intenção era morar  lá por dez anos... Os desígnios de Deus foram outros...por isso depois de três anos, exatamente, saí do condomínio Parque Bem Viver. Gostei muito de morar no bloco 18. É um lugar bonito, bem cuidado, com muitas árvores, muito verde...um lugar de paz, silêncio e tranquilidade, muitos pássaros... Fiz algumas amizades...o pessoal das duas portarias sempre muito gentil. Fiz caminhadas por espaços agradáveis, sentia o perfume do jasmim...Quis o destino que o meu irmão caçula falecesse, em abril de 2021. Com a casa  dele desocupada, resolvi ocupar o espaço, que também me pertence.  Outro motivo, o principal, talvez, foi que eu deixaria de morar de aluguel. Em fevereiro, comecei a pensar na hipótese de me mudar. Foi o que fiz em dez de março de 2022, quinta-feira. Aqui estou. Que mão de obra mudar de residência!

                                                                                Dinorá  

ANDANÇAS

             Não ouvia o canto dos galos, desde que saí de Goiânia. Por todos os lugares por onde andei, o ouvia. Morei no condomínio por três anos e não ouvi durante esse tempo. Ouvia o canto dos pássaros, o dia inteiro, desde o amanhecer. Eram quero-queros, bem-te-vis, beija-flores, rolinhas...Ouvia, no condomínio,  em Goiânia também, cigarras´com o canto ensurdecedor. Dependendo da hora do dia, o canto podendo ser alegre ou triste. Desde sempre, me habituei a ouvir os sons da natureza, me sinto em sintonia com ela, me faz um bem...

                                                                                  Dinorá