
Lembro-me de que com sete anos, minha mãe se queixava para minha tia que morava num bairro distante. Numa das vezes que fomos visitá-la, minha mãe me deixou com ela, pois não tinha filhos e sabia da dificuldade de minha mãe para criar quatro. Seríamos oito se minha mãe não tivesse abortado. Minha tia me colocou num colégio de freiras para eu fazer a primeira série e a segunda. A minha mãe me quis de volta e eu chorei muito ao deixar a minha tia. Lá, na casa dela não tinha briga, não tinha alcoólatra e era só eu de criança. Foram os anos mais felizes da minha vida. Já com 12 anos, fui estudar num colégio, que na época, era só de meninas. Fiquei retida na 5ª série. Na sexta série, a escola se tornou mista e eu conheci o amor da minha vida. Aprendi o que era sofrer por um amor não correspondido. A adolescência foi uma fase de muito namoro, mas amor de verdade, nunca mais. Do que mais gostei nessa fase foram os bailes. Dancei muito, todos os sábados lá estava eu na quadra do colégio de freiras, o Sion. Nessa época, quem nos contralava era meu irmão, que obedecia ordens da minha mãe. Meu pai continuava presente, mas distante dos filhos. Sempre muito calado e continuava com aquele vício. Eu cansei do controle rígido exercido pela minha mãe e aos vinte anos resolvi mudar de rumo. Mesmo sem amor, casei-me com uma pessoa que dizia me amar mais que a própria vida. Ele provou o contrário. Esta história fica para a próxima fase: Adulta.
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Que linda imagem!
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