Via crucis
Passei por uma situação que não desejo nem para a minha inimiga número 1.
Perdi a conta das vezes que eu repeti a mesma história:
No dia 9 de dezembro de 2017, sábado, às 10h30, fui ao caixa eletrônico sacar $50,00.
Nesse exato momento , começou a minha tortura , que durou 5 dias.
O meu cartão bancário ficou preso, depois de estar com o dinheiro em minhas mãos. Acabara de sofrer o tal do "golpe chupa cabra".
Ia saindo, me lamentando quando um homem alto"gentilmente" me chamou :
- Senhora, o seu cartão.
Ele apertou uma tecla qualquer e saiu um cartão.
Saí dali, fui pra casa. Duas horas depois, percebi que o cartão não era o meu.
Começou o desespero. Quinze minutos depois, de posse do meu cartão, o bandido maldito 'limpou" minha conta corrente.
Final de semana, ficou quase impossível resolver qualquer coisa.
Liguei para o Banco para comunicar o roubo. Fui à delegacia do bairro, me mandaram para outro lugar. Não fui. Liguei para a Polícia Civil. Mandaram eu fazer B.O. pela delegacia virtual. Tentei, não consegui.
Tive que fazer empréstimo para pagar as minhas contas.
Enquanto tudo isso acontecia, fui ao shopping, comprar um novo chip para o meu celular, porque eu havia cancelado um plano da prestadora.
O chip que eu comprei ficou bloqueado porque os idiotas da Vivo me venderam um chip pertencente a outra pessoa.
Sem poder me comunicar com a gerente da minha conta, voltei ao shopping e o vendedor colocou um novo chip.
A minha gerente me deu a maior canseira. Passei a segunda-feira 'de plantão" no celular. Ela só entrou em contato comigo às 16 horas. Nessa altura, eu já não precisava mais dela.
Como ficou tudo bloqueado, fui à agência mais próxima para pedir uma nova senha. A atendente queria que eu fosse à minha agência, depois de ouvir toda a história, mas decidiu resolver o problema.
Hoje, por três vezes, liguei para o BB e por três vezes a ligação caiu. Precisava contestar os valores para o Banco entrar com o processo. Depois de colocar cinquenta e cinco reais de crédito no celular, falei pra última atendente:
- Pelo amor de Deus, se a ligação cair, me retorna, porque já estou cansada de repetir o que aconteceu e colocar tantos créditos no meu celular.
Dito e feito: A ligação caiu e a atendente me retornou e continuamos de onde tínhamos parado.
Fiquei 1 hora no celular. Míriam, a terceira atendente, depois das perguntas de praxe, me fez uma série de perguntas, imagino que tenha sido umas vinte. Eu me senti num interrogatório, como se fosse um suspeito de um crime. Algumas das perguntas foram feitas duas vezes, pra ver se eu não caía em contradição, como por exemplo, a data do ocorrido e os valores subtraídos.
E disse: sua senha de oito dígitos está bloqueada, para acesso à INTERNET.
- Não bloqueia, não.
- É de praxe. Para proteger sua conta.
Ela me passou o número do processo. Disse que ia levar 5 dias. Explicou que o Banco iria investigar. E que era só aguardar o resultado, que poderá ou não ser ao meu favor.
Acho que passei no teste de tortura e resistência, mais uma vez.
Dinorá
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