domingo, 5 de novembro de 2017

Assustador





     Vitraux aberto. O vento forte adentra o apê.  Velocidade e ruído se alternam nesta altura do edifício de 25 andares.
     Fecho a janela. Observo os competidores: o ruído querendo me assustar cada vez mais e a velocidade do vento parece balançar os prédios em volta do meu.
     Silêncio do lado de cá, mas do lado de lá a competição continua: o vento corre. E o ruído quase não ouço.
     Através da vidraça fechada, o vento pede passagem.
     Eu só permito a brisa que entra por uma fresta e agita suavente as cortinas brancas e transparentes do meu quarto.
     Entretanto, o vento perdeu para o sol que predomina neste sábado de Primavera.
     Muito calor e ventania. Prenúncio de tempestade.
     Ao anoitecer, a chuva veio bem acompanhada de clarões e trovoadas num verdadeiro dilúvio!
     Assustador!
     A chuva bate na vidraça.  Tenho a sensação que ela vai quebrar os vidros e a enxurrada vai invadir meus aposentos.
     Meia hora depois, a intensidade da chuva diminuiu. Os clarões continuam. As trovoadas cessaram. Estou sentindo um grande alívio. Agora vou tentar dormir.
                              
                                             São Paulo, 04 de novembro de 2017.

                                

                                                           Dinorá

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